julho 29, 2010
junho 21, 2010
Só me recordo de palavras e suspeito que elas me tomaram o corpo.a boca. o corpo. Eu sonho acordado na esperança de rever-me nesta história escrita a mim. Eu sonho acordado na esperança de rever-me nas palavras embaladas pelo seu corpo. eu sou um sexo desamado com manchas de lágrimas compactuadas assim.
junho 13, 2010
junho 06, 2010
maio 26, 2010
maio 13, 2010
Não há palavras que possam ser ditas agora nesse exato momento lugar imundo perdido no meio do nada vagando ao seu redor pequeno pedaço de luz entregue a escuridão para que as palavras largadas nesse impuro bocado de mundo possam ser ditas e eu ali emergindo sem vontade sustentando aquele pequeno detrito abortado pela escuridão mas agora não me resta palavras que possam ser ditas e calado permaneço entregue à pouca luz encontrada e me lembro do pequeno detrito largado no meio do nada vagando ao meu redor sofrendo e impossibilitado de correr nessa estrada sem fim e por isso não cesso a minha absorta caminhada nessa longa solidão que arranhando os meus cabelos tão ásperos e secos fazem aquele pobre detrito ser incapaz de amar alguém.
maio 08, 2010
maio 02, 2010
abril 23, 2010
abril 15, 2010
descortina-me
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abril 11, 2010
eu pensei em não te escrever hoje.
ficar só. até que a chuva se estiasse.
até que os olhos se perdessem. e
não conseguissem mais ver seus
passos vindo na minha direção.
sem que jamais tivesse visto passos
seus na minha direção. eu. ainda ali
parado. frente a sua direção.como
da primeira vez. sem ao menos
conhecer-te.embora não estivesse
ali e nem parado. há muito tempo.
abril 08, 2010
eterno retrógrado
o mar está recuando. está cedendo aos poucos. até se acabar de vez. no susto. gosto de lágrimas na boca. percorridas no rosto. não. ele não chora. é apenas suor de correr. de andar. de correr contra as águas. do mar. da chuva. são lágrimas de rua que transbordou por esses dias murchos. corpo encharcado. embebido de coisas suas jogadas neste corpo molhado. misto de gestos. olhares. passando. feito lodo. acima.
abril 07, 2010
Não mais
vasculhados e percorridos, os instantes passaram-se de nós.
não muito mais ouvia a sua voz presa a minha nuca.
mas agora ela se cala. dentro da minha boca.
abril 04, 2010
Pra sempre prestes a partir
Pra sempre prestes a terminar
mas não terminando
porque não existe um término
pois isso aqui não é silêncio
nem nunca foi.
A gente sempre se escapa
de uma maneira ou de outra
a gente vive se refugiando nas palavras.
Varrido ao término de cada dia
sem existir.
Ser ar e poeira
quando tudo for dito.
Quando tudo tiver sido dito
a gente põe fim nisso tudo.
abril 02, 2010
abril 01, 2010
I
Preciso começar... Não devia ter começado a escrever... Sim... Não... Não devia ter começado... mas agora que comecei, preciso terminar... Não preciso... Preciso... Calma... Assim eu não chego a nenhum lugar... Agora ja não mais me importa... Já é tarde demais pra começar... ou já se pode ser tarde demais para começar qualquer coisa.... eu vejo o dia se desfazendo e a noite caminhando sem demora... Tudo bem... O tempo enreda-se aos poucos disso... só me resta deixar que o silêncio se cesse e que o vento de lá de fora se afogue de-ma-si-a-da-me-nte...
março 31, 2010
Dolorosa
( coloca a venda nos olhos )...Agora eu falo... Que pelas suas saídas...não as minhas...nem nossas...só suas...que pelas suas saídas...pelo movimento...impulsionado por você...você começou a jogar...lembra?...Ou fui eu quem jogou primeiro?...Não tenho mais certeza no que falo...mas acho que pelas suas saídas...que pelo fato de estarmos presos...um ao outro...é por pura infelicidade...isso mesmo...não ousamos a felicidade...mas agora é tarde...quero apenas me discorrer em palavras...pois agora...eu quero discernir você em palavras...não há mais nada do que isso...palavras mortas...usadas...palavras suas desvirginadas pela boca... ( tira a venda dos olhos e sai ) ...
março 28, 2010
Palavras suadas
Como quando vai embora, e os vazios tornam-se buracos espalhados pela casa. A noite bate a porta, o obscuro permeia a cama e o silêncio se dispersa pela saída, em busca de novos ares. Como quando te mastigo inteiro. Como quando te espero o corpo, escrevendo palavras suadas paralisadas no peito. Como quando tudo se esgota se esvai e se esquece pelo caminho.
março 25, 2010
março 24, 2010
Feito chuva
Foi quando eu me dissolvi por inteiro, feito guache. Sentindo-te na pele, pelo corpo antes raso. Nossos corpos diluindo-se aos poucos, feito gotas de chuva caindo sobre o rosto. Ia afagando-te, afogando-te ao tocar meu corpo. Eu, sozinho vagando quarto, ressentindo-te pouco a pouco e transbordando-me feito chuva.
março 17, 2010
dissabor
já avisto a margem defrontada aos olhos meus prestes a partir
confinado no acenar do teu corpo partido
eu me sinto sufocado com uma dor forte na garganta
como se você fosse me alargando o peito
redemoinhar pelo meu corpo destoado percorrido esfumado pêlos
estofo do teu corpo magro esvaziado deste mar alto que me dôo
em pedaços
março 16, 2010
março 15, 2010
março 07, 2010
Equânime
Imóvel e cego, expirando-se na lembrança vaga daquilo que está diferindo-se para afastar-se cada vez mais, impedido de estar cada vez mais...
fevereiro 22, 2010
Jazz
de poucos em poucos
não muito você
não muito eu
...
das muitas poucas coisas
que pouco restou de ti
resta eu despedaçado
...
resta pouco de mim
.
pouco a pouco vejo
você malsinado
pelo caminho
.
você jaz perdido
...
eu jazido
...
ao jazz
.
não muito você
não muito eu
...
das muitas poucas coisas
que pouco restou de ti
resta eu despedaçado
...
resta pouco de mim
.
pouco a pouco vejo
você malsinado
pelo caminho
.
você jaz perdido
...
eu jazido
...
ao jazz
.
fevereiro 21, 2010
.
Instante após de onde não mais estava ele exíguo de si mesmo permaneceu calado apagando-se nas palavras sendo antípoda do tempo movendo-se na aspereza do contato da pele com outra pele que de onde estava ouvia-se os gemidos mudos da noite.
fevereiro 19, 2010
fevereiro 18, 2010
...
Demorou-se ainda
bem mais que ainda fosse
o tempo passou por aí.
Por aqui ele permanece distante
tempo apartado de ti.
Até o meu dia enfim
até o dia que eu
ainda preso, ainda sentado...
Demorou-se a passar por aí.
bem mais que ainda fosse
o tempo passou por aí.
Por aqui ele permanece distante
tempo apartado de ti.
Até o meu dia enfim
até o dia que eu
ainda preso, ainda sentado...
Demorou-se a passar por aí.
Queria estar aí, sentado
com o tempo pregado em ti
tempo presente, tempo colado.
Até o dia em que eu...
preso ao tempo...
que acaba morto...
até o meu dia enfim.
fevereiro 14, 2010
E nas poças deram árvores
aqui jaz uma escrita
nada de palavras
sepulto as tentativas do amor
sepulto à ti, a mim, a nós
dor substituída pela dor
Vou restituindo tudo, secando as águas , cegando a vida
Incompreendida por ter visto que nas poças nascem árvores.
nada de palavras
sepulto as tentativas do amor
sepulto à ti, a mim, a nós
dor substituída pela dor
Vou restituindo tudo, secando as águas , cegando a vida
Incompreendida por ter visto que nas poças nascem árvores.
fevereiro 04, 2010
Ao Inominável
Somos ressecamento de palavras
divisão permanente nas entrelinhas
desfechos do dia-a-dia.
Naturalmente, sei que estou escrevendo para nada. Sou silêncio vazado vagando a casa. Percorrendo a mobília perdida pela enchente provocada por nós. Olha, aquela chuva entre nós invadiu a minha casa. Aqui está tudo alagado, nossa cama está inundada, daqui a pouco fica tudo mofado como as nossas vidas. Foi tudo deságua provocada por nós. Água vazando pelos nossos orifícios. Nossos corpos se lacrimejando, corpos dolentes. Hoje eu não consigo nos diferenciar, mas sei que deve existir alguma coisa bem forte que me separe de você, embora estejamos separados. E talvez nunca estivemos juntos. E se você existir mesmo, peço distância. E se for muito difícil, peço que não venha mais.
divisão permanente nas entrelinhas
desfechos do dia-a-dia.
Naturalmente, sei que estou escrevendo para nada. Sou silêncio vazado vagando a casa. Percorrendo a mobília perdida pela enchente provocada por nós. Olha, aquela chuva entre nós invadiu a minha casa. Aqui está tudo alagado, nossa cama está inundada, daqui a pouco fica tudo mofado como as nossas vidas. Foi tudo deságua provocada por nós. Água vazando pelos nossos orifícios. Nossos corpos se lacrimejando, corpos dolentes. Hoje eu não consigo nos diferenciar, mas sei que deve existir alguma coisa bem forte que me separe de você, embora estejamos separados. E talvez nunca estivemos juntos. E se você existir mesmo, peço distância. E se for muito difícil, peço que não venha mais.
fevereiro 02, 2010
a conta-gotas
desagua no desencontro desse mar morto
em que me encubro, descubro, pertenço
é por ti que permaneço apaziguado
no silêncio doloroso da falta
apoio-me no mar,revolvendo-me
depois fico inerte na minha
secreta vitória-régia
é no vazar das águas
que eu te procuro
os lábios
em que me encubro, descubro, pertenço
é por ti que permaneço apaziguado
no silêncio doloroso da falta
apoio-me no mar,revolvendo-me
depois fico inerte na minha
secreta vitória-régia
é no vazar das águas
que eu te procuro
os lábios
janeiro 28, 2010
janeiro 11, 2010
Escrevo-me
O dia todo procurei-te nos meus escritos, invento-te e admiro-me tanto. Minhas palavras me confortam de tal forma que eu não paro de te inventar. Agora eu já não roteiro, medidas, força. Você já não é mais aquilo que sempre foi, você sou eu. Meus sentimentos são seus. Meu caminho é longo e eu continuo escrevendo. Tenho vergonha dessas palavras jogadas. Paro, penso e reflito. Apago as luzes. No escuro relembro do vazio. Ligo o Play e vou me ensandecendo. Por ti, por mim, por nós.
Continuo sentado atrás da janela, vejo as ruas, os carros, o relógio. Fecho os olhos e me jogo à beira mar. Meus pensamentos se misturam. Aquele homem em pé com malas na mão se multiplica. Tira-me daqui. Quero ficar aí no seu quarto apertado, com todos os seus lamentos. Tive medo de te perder pra sempre. A vida é tão complicada. A gente podia sair, dar uma volta, ir pra bem longe. E fantasio e fantasio. Estou sozinho e já não te tenho mais. Tento te escrever, mas não consigo.
Eu fujo, corro, sem controle. Procuro-te em alguma direção. Não te encontro mais, já não me encontro mais. Vicio nesse jogo e agora quero parar. Não posso, meus sentidos estão despidos. Mal distinto. Sinto graça, perco a graça nessa busca incessante. Banquete seu. Vejo você me devorando e eu te admiro tanto. Permeio no vazio de mim, me sufocando nessa tua obsessão e continuo a escrever. Já não me lembro do seu rosto, tão pouco do seu sorriso. Perco a vontade de criar outras formas, possíveis formas. Não as suas, mas as minhas. Te rabisco no meu corpo, desânimo meu. Te quero aqui, te procuro aqui. Encontro um abrigo em mim. Te tenho no meu corpo todo. Você está escrito em mim.
Levanto-te com minhas palavras e revelo-te. Elas são mais fortes que meus sentimentos. Tiro a roupa. As portas entreolham-se e eu te tenho em mim.Eu grito mais ninguém me escuta. Entreaberta, entrefechada, deixo passar meia pessoa por vez. Eu me perco de ti. Disseram-me que era impossível. Mas o que seria possível agora?
Tento de novo, erro de novo. Perderam-se os acordos. Tiro as suas impurezas da minha pele e permaneço impassível, Tenho vergonha de ti misturado, apaziguado no meu corpo. Ponho a roupa do trabalho e permaneço nu. Ponho fogo nos meus escritos para você fugir de mim. Agora já não restam nada, apenas rascunhos seus.
Permaneço sentado, arraigado nesse pequeno banco. As minhas costas doem e minhas mãos se cansam e meus pensamentos se fortalecem. Sinto-me, Cheiro-me. Fico ausento de ti, de mim, de nós. Minha cabeça pesa e minha mão coça. Escrevo-me. Agora te tenho, aqui, bem perto, de novo.
Continuo sentado atrás da janela, vejo as ruas, os carros, o relógio. Fecho os olhos e me jogo à beira mar. Meus pensamentos se misturam. Aquele homem em pé com malas na mão se multiplica. Tira-me daqui. Quero ficar aí no seu quarto apertado, com todos os seus lamentos. Tive medo de te perder pra sempre. A vida é tão complicada. A gente podia sair, dar uma volta, ir pra bem longe. E fantasio e fantasio. Estou sozinho e já não te tenho mais. Tento te escrever, mas não consigo.
Eu fujo, corro, sem controle. Procuro-te em alguma direção. Não te encontro mais, já não me encontro mais. Vicio nesse jogo e agora quero parar. Não posso, meus sentidos estão despidos. Mal distinto. Sinto graça, perco a graça nessa busca incessante. Banquete seu. Vejo você me devorando e eu te admiro tanto. Permeio no vazio de mim, me sufocando nessa tua obsessão e continuo a escrever. Já não me lembro do seu rosto, tão pouco do seu sorriso. Perco a vontade de criar outras formas, possíveis formas. Não as suas, mas as minhas. Te rabisco no meu corpo, desânimo meu. Te quero aqui, te procuro aqui. Encontro um abrigo em mim. Te tenho no meu corpo todo. Você está escrito em mim.
Levanto-te com minhas palavras e revelo-te. Elas são mais fortes que meus sentimentos. Tiro a roupa. As portas entreolham-se e eu te tenho em mim.Eu grito mais ninguém me escuta. Entreaberta, entrefechada, deixo passar meia pessoa por vez. Eu me perco de ti. Disseram-me que era impossível. Mas o que seria possível agora?
Tento de novo, erro de novo. Perderam-se os acordos. Tiro as suas impurezas da minha pele e permaneço impassível, Tenho vergonha de ti misturado, apaziguado no meu corpo. Ponho a roupa do trabalho e permaneço nu. Ponho fogo nos meus escritos para você fugir de mim. Agora já não restam nada, apenas rascunhos seus.
Permaneço sentado, arraigado nesse pequeno banco. As minhas costas doem e minhas mãos se cansam e meus pensamentos se fortalecem. Sinto-me, Cheiro-me. Fico ausento de ti, de mim, de nós. Minha cabeça pesa e minha mão coça. Escrevo-me. Agora te tenho, aqui, bem perto, de novo.
janeiro 09, 2010
Marbanho
no entreabrir das portas
desaterro o meu corpo nu
despejando sua lama impregnada
pelos corredores da casa
que percorrem o quarto, a cozinha, o banheiro
as portas entreolham-se
e acabam ficando molhadas
definhando-se pelo movimento
das águas que devastam a sala
e permeiam os quatro cantos da casa
eu permaneço ali
inundado pela enchente da cama
submerso nesse solo encharcado
de lama, lágrima, pus e suor
na espreita da sua chegada
e na espera da sua partida
poder navegar pelo seu corpo inavegável
que evapora-se no encontro das águas
que percorrem as valas da calçada
rumo a saída da casa
para que no entrefechar das portas
eu tenha a capacidade de me asfixiar
na ausência da sua humidade
desaterro o meu corpo nu
despejando sua lama impregnada
pelos corredores da casa
que percorrem o quarto, a cozinha, o banheiro
as portas entreolham-se
e acabam ficando molhadas
definhando-se pelo movimento
das águas que devastam a sala
e permeiam os quatro cantos da casa
eu permaneço ali
inundado pela enchente da cama
submerso nesse solo encharcado
de lama, lágrima, pus e suor
na espreita da sua chegada
e na espera da sua partida
poder navegar pelo seu corpo inavegável
que evapora-se no encontro das águas
que percorrem as valas da calçada
rumo a saída da casa
para que no entrefechar das portas
eu tenha a capacidade de me asfixiar
na ausência da sua humidade
sem título
Você está raso.
A sua indiferença expande
para todos os lados.
Invade, destrói, alcança.
E você permanece raso.
Em um minuto sem pensar
me afoguei na sua piscina rasa de estar.
Estranho, eu que sabia nadar e
que conseguia colocar meus pés no chão.
Eu não sei se fui idiota demais ou se
foi você que não me deixou afogar em paz.
Na imensidão do teu mar, do céu.
Você, uma nuvem que por mim passou.
E agora, eu já não consigo te alcançar.
Na rapidez do teu acenar
que sem olhar pra trás
sem perceber
me fez ser incapaz nesse seu estado de ser.
A sua indiferença expande
para todos os lados.
Invade, destrói, alcança.
E você permanece raso.
Em um minuto sem pensar
me afoguei na sua piscina rasa de estar.
Estranho, eu que sabia nadar e
que conseguia colocar meus pés no chão.
Eu não sei se fui idiota demais ou se
foi você que não me deixou afogar em paz.
Na imensidão do teu mar, do céu.
Você, uma nuvem que por mim passou.
E agora, eu já não consigo te alcançar.
Na rapidez do teu acenar
que sem olhar pra trás
sem perceber
me fez ser incapaz nesse seu estado de ser.
sem título
estou em
mim
dentro de
mim
perambulo pelo
meu corpo
descobrindo sua
vastidão
percorro um rio
sem fim
que dá voltas
pelas minhas veias
e me faz
estar
vivo
mim
dentro de
mim
perambulo pelo
meu corpo
descobrindo sua
vastidão
percorro um rio
sem fim
que dá voltas
pelas minhas veias
e me faz
estar
vivo
Dor
Regresso pelo meu caminho, percorro o quarto, a praia, a cozinha. Deparo com a comida em que você não tocou. E é nesse instante em que eu começo a fechar portas, gretas. Não há mais abertura entre nós. Eu a fecho por mim. Não posso mais retroceder e nem passar por portas em que eu não abri. E eu não abri por medo. Medo de me prender a você. E é por isso que agora eu tomo remédios e é esse tipo de dependência que existe entre nós: os remédios em que eu tomo todas as noites para te esquecer.
em mim
Não há nada
Houve-se apenas ruídos
Ouve-se apenas suspiros meus
Não pra ti, não por ti.
Atravesso esse rio vermelho
Oculto discursos seus
Lembranças minhas
Devaneios
Passa-se das 6h
Não te ligo mais
Desligo de você
Calo-me e deixo-te durmir
Por que agora, não há nada além de mim.
Houve-se apenas ruídos
Ouve-se apenas suspiros meus
Não pra ti, não por ti.
Atravesso esse rio vermelho
Oculto discursos seus
Lembranças minhas
Devaneios
Passa-se das 6h
Não te ligo mais
Desligo de você
Calo-me e deixo-te durmir
Por que agora, não há nada além de mim.
inacabado
O tempo parou e eu fiquei parado ali pra sempre. Sinceramente eu não conseguia me mover. Não acontecia nada a minha volta. Eu estava parado olhando. Só olhando. Nada se movia. A minha pele começara a ficar dura, perdendo a circulação e eu continuava ali parado, estático, sem me mover. Esperava por alguma coisa que me fizesse levantar, me movimentar. E nada acontecia. O meu coração batia lentamente. Estava em choque. E eu: parado, olhando e esperando.E nada se movia.
na mesma margem
Simplesmente ando (pausa)...sozinho (pausa)...por aí (pausa)...sem finalidade (pausa)...sem ansiedade (pausa)....ando (pausa)...sem motivo (pausa)....é uma necessidade andar (pausa)...ando (pausa)...pra tentar (pausa)...esquecer (pausa)...vestido (pausa)...ando (pausa)...de uma direção a outra (pausa)...não querendo chegar (pausa)...ando (pausa)...novamente (pausa)...sem finalidade (pausa)...sem ansiedade (pausa)...ando (pausa)...sem motivo (pausa)...pra tentar (pausa)...você sabe (pausa)...vestido (pausa)...preciso andar (pausa)...sozinho (pausa)...novamente (pausa)...ando (pausa)...agora dói mais (pausa)...ou menos
(pausa)...ou não dói (pausa)...simplesmente ando (pausa)...por aí (pausa)...sem finalidade (pausa)...sem ansiedade (pausa)...sem motivo (pausa)...ando (pausa)...não consigo parar (pausa)...ou não sei (pausa)...ou não sei...ou não consigo (pausa)...apenas ando (pausa)...por aí (pausa)...sozinho (pausa)...indo de uma direção a outra (pausa longa)...ando.
(pausa)...ou não dói (pausa)...simplesmente ando (pausa)...por aí (pausa)...sem finalidade (pausa)...sem ansiedade (pausa)...sem motivo (pausa)...ando (pausa)...não consigo parar (pausa)...ou não sei (pausa)...ou não sei...ou não consigo (pausa)...apenas ando (pausa)...por aí (pausa)...sozinho (pausa)...indo de uma direção a outra (pausa longa)...ando.
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