janeiro 09, 2010

Dor

Regresso pelo meu caminho, percorro o quarto, a praia, a cozinha. Deparo com a comida em que você não tocou. E é nesse instante em que eu começo a fechar portas, gretas. Não há mais abertura entre nós. Eu a fecho por mim. Não posso mais retroceder e nem passar por portas em que eu não abri. E eu não abri por medo. Medo de me prender a você. E é por isso que agora eu tomo remédios e é esse tipo de dependência que existe entre nós: os remédios em que eu tomo todas as noites para te esquecer.