janeiro 09, 2010

sem título

Você está raso.
A sua indiferença expande
para todos os lados.
Invade, destrói, alcança.
E você permanece raso.
Em um minuto sem pensar
me afoguei na sua piscina rasa de estar.
Estranho, eu que sabia nadar e
que conseguia colocar meus pés no chão.

Eu não sei se fui idiota demais ou se
foi você que não me deixou afogar em paz.
Na imensidão do teu mar, do céu.
Você, uma nuvem que por mim passou.

E agora, eu já não consigo te alcançar.
Na rapidez do teu acenar
que sem olhar pra trás
sem perceber
me fez ser incapaz nesse seu estado de ser.