março 22, 2013

Com César

São esquecidas todas as palavras que ficaram presas na boca, que se resguardaram no silêncio, nas reflexões de quase tudo. 

Quase tudo é sempre o bastante pra desaguar qualquer lágrima, que em mim é quase um regato, de quase tudo. 

 O ar está cheio das muitas poucas coisas. Das poucas coisas que restou de ti, resta eu. Resta pouco de mim. 

Não muito mais, ouvia a sua voz presa a minha nuca. Mas agora ela se cala, dentro da minha boca.

 Eu fecho você. E o mar se esvai de olhos fechados e se fecha no fim. Pra sempre prestes a terminar.

 No não impulso, sem pulso, eu pulso nas palavras engolidas. Na espreita da tua chegada e na espera da sua partida.

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