Ser aquilo que se apaga para existir.
março 26, 2013
março 22, 2013
Com César
São esquecidas todas as palavras que ficaram presas na boca, que se resguardaram no silêncio, nas reflexões de quase tudo.
Quase tudo é sempre o bastante pra desaguar qualquer lágrima, que em mim é quase um regato, de quase tudo.
O ar está cheio das muitas poucas coisas. Das poucas coisas que restou de ti, resta eu. Resta pouco de mim.
Não muito mais, ouvia a sua voz presa a minha nuca. Mas agora ela se cala, dentro da minha boca.
Eu fecho você. E o mar se esvai de olhos fechados e se fecha no fim. Pra sempre prestes a terminar.
No não impulso, sem pulso, eu pulso nas palavras engolidas. Na espreita da tua chegada e na espera da sua partida.
Quase tudo é sempre o bastante pra desaguar qualquer lágrima, que em mim é quase um regato, de quase tudo.
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