( coloca a venda nos olhos )...Agora eu falo... Que pelas suas saídas...não as minhas...nem nossas...só suas...que pelas suas saídas...pelo movimento...impulsionado por você...você começou a jogar...lembra?...Ou fui eu quem jogou primeiro?...Não tenho mais certeza no que falo...mas acho que pelas suas saídas...que pelo fato de estarmos presos...um ao outro...é por pura infelicidade...isso mesmo...não ousamos a felicidade...mas agora é tarde...quero apenas me discorrer em palavras...pois agora...eu quero discernir você em palavras...não há mais nada do que isso...palavras mortas...usadas...palavras suas desvirginadas pela boca... ( tira a venda dos olhos e sai ) ...
março 31, 2010
março 28, 2010
Palavras suadas
Como quando vai embora, e os vazios tornam-se buracos espalhados pela casa. A noite bate a porta, o obscuro permeia a cama e o silêncio se dispersa pela saída, em busca de novos ares. Como quando te mastigo inteiro. Como quando te espero o corpo, escrevendo palavras suadas paralisadas no peito. Como quando tudo se esgota se esvai e se esquece pelo caminho.
março 25, 2010
março 24, 2010
Feito chuva
Foi quando eu me dissolvi por inteiro, feito guache. Sentindo-te na pele, pelo corpo antes raso. Nossos corpos diluindo-se aos poucos, feito gotas de chuva caindo sobre o rosto. Ia afagando-te, afogando-te ao tocar meu corpo. Eu, sozinho vagando quarto, ressentindo-te pouco a pouco e transbordando-me feito chuva.
março 17, 2010
dissabor
já avisto a margem defrontada aos olhos meus prestes a partir
confinado no acenar do teu corpo partido
eu me sinto sufocado com uma dor forte na garganta
como se você fosse me alargando o peito
redemoinhar pelo meu corpo destoado percorrido esfumado pêlos
estofo do teu corpo magro esvaziado deste mar alto que me dôo
em pedaços
março 16, 2010
março 15, 2010
março 07, 2010
Equânime
Imóvel e cego, expirando-se na lembrança vaga daquilo que está diferindo-se para afastar-se cada vez mais, impedido de estar cada vez mais...
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